O PT fará convenção para confirmação do nome de Lula no próximo domingo
(5). Depois, o partido tem até 15 de agosto para registrar a
candidatura. É só após esse período que partidos, coligações e o
Ministério Público podem questionar a candidatura. O TSE tem um rito
para julgamento dos registros até 17 de setembro, 20 dias antes do
primeiro turno da eleição, em 7 de outubro.
Ao rejeitar ação apresentada pelo cidadão Manoel Pereira Machado Neto,
que pedia a "imediata declaração de inelegibilidade" de Lula antes mesmo
do registro da candidatura, Fux rejeitou a ação por considerar que esse
cidadão não tinha legitimidade para o pedido. Mas ressaltou que o
entendimento dele, Fux, a respeito do tema é "público e notório".
"A controvérsia jurídica travada nos autos encontra óbice quanto à
análise da questão de fundo em face de vício processual insanável. Isso
porque a demanda apresenta um pedido impugnativo ajuizado por um
cidadão, despido de legitimidade ativa amparada na lei", afirmou Fux na
decisão.
Lula está preso desde o começo de abril e cumpre pena em Curitiba em
razão da condenação no caso do triplex do Guarujá, na Operação Lava
Jato. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em segunda
instância, por órgão colegiado, o que, pela Lei da Ficha Limpa, pode
impedi-lo de disputar as eleições. Essa questão, no entanto, precisa ser
decidida pela Justiça Eleitoral.
Assim como já havia decidido a ministra Rosa Weber e o próprio Fux, o
ministro afirmou na decisão que não se pode analisar a candidatura antes
de um registro apresentado.
Segundo Fux, "independentemente da análise do conteúdo do pedido, cujo
entendimento deste prolator é publico e notório, a existência de vicio
processual insanável impede a própria apreciação do pleito. Não obstante
vislumbrar a inelegibilidade chapada do requerido, o vicio processual
apontado impõe a extinção do processo", afirmou o ministro.
Nos julgamentos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior
Eleitoral, o ministro Luiz Fux e outros ministros usam constantemente o
termo "chapada" em expressões – a exemplo de "inconstitucionalidade
chapada" – para se referir a questões que são evidentes, sobre as quais
não há dúvidas.
Fonte: (G1.globo)
Fonte: (G1.globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário